sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Game Over.

Fazia diversos joguinhos para colecionar corações, tenho todas as peças guardadas na memória. Muitos corações, os deixei presos a mim um bom tempo. Antes eu poderia dizer que jogava para acariciar meu ego, mas hoje sei que não se tem ego com tantas e tantas rachaduras no peito. A cada coração que eu prendia em mim, uma parte do meu era descartada. Eu achava divertido jogar, as coleções me serviam de escudo, eu brincava, pulava, pintava e bordava, sem nenhum arranhão no fim, sem sofrer quedas e sem me arrepender. Porém, não gostava de jogar com quem verdadeiramente me importava, era contra as regras. Só devemos jogar com verdadeiros jogadores. Gostava de jogar com quem se achava 'foda', acertava no ponto fraco e 'Won', ganhava mais um jogo. Eu correria grandes riscos de esquecer-me do objetivo do jogo e quebrar a regra principal, que era não cair; não me arranhar. As vezes ate me confundia, mas nunca mudava de foco ... Quando apareciam pessoas assim, eu apertava o “pause” no meu jogo. Mas todo jogador tem seu 'Game Over' e todo jogador tem seu 'Record'. Por mais jogadora que eu fosse, queria viver de verdade, sentir. Tentava até certo ponto, mas depois via que era mais viável continuar a jogar. “Start” para mim mais uma vez.

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